O mais
conhecido vilão das dietas em prol da perda de peso é o chocolate. Docinho,
cheiroso e gostoso, é difícil de resistir, principalmente entre o público
feminino.
Bom, a boa
notícia é que o chocolate pode deixar de ser vilão para se tornar aliado. Isto
devido a presença de cacau na composição do chocolate. O cacau é a matéria
prima da qual originou-se o chocolate.
A história
conta que o primeiro europeu a descobrir as favas de cacau foi Cristóvão
Colombo, em sua quarta viagem às Américas, em 1502. Naquela época, o chocolate
era servido em taças, como uma bebida, e era conhecido como bebida do amor ou
elixir da felicidade. Outros chegaram a considerá-lo imundo, vindo diretamente
de regiões infernais. Enfim, somente a partir do século XVIII é que começou a
popularização do chocolate na Europa e foi o casamento de Luís XIII da França
com Ana da Áustria o fato marcante para a difusão do chocolate no mundo: os
monges espanhóis ofereceram chocolates de presente aos noivos. A corte francesa
aderiu rapidamente à novidade, que chegou para transformar os hábitos dos
nobres de toda a Europa.
De início, o
chocolate foi consumido segundo a receita asteca, ou seja, as favas eram
simplesmente secas, trituradas e amassadas. Sua industrialização começou em
1778, quando o francês Doret desenvolveu uma máquina para moer, misturar e
aglomerar a massa de cacau. Porém, o chocolate “moderno”, chocolate ao leite,
só foi desenvolvido em 1870, quando a industria de conservação do leite
impulsionou decisivamente a produção de chocolate industrial. Nesta época,
Daniel Peter juntou leite à pasta de cacau e açúcar, dando-lhe um sabor
diferenciado, sendo este o chocolate que conhecemos hoje.
Bom, agora
que já sabemos como surgiu o chocolate, podemos dizer que o principal
componente desta delícia é o cacau. E é esta matéria prima que possui os
benefícios desta guloseima.
O cacau
contém substâncias como ácido gálico, epicatecina, polifenóis e flavonóides,
que exercem função cardioprotetora. Possui também substância como o aminoácido
triptofano, alcalóides e cafeína, que proporcionam ao consumidor a melhora
tanto do humor quanto da atividade mental, através do estímulo dos receptores
de serotonina e dopamina. Além disto, os componentes do cacau aumentam os
níveis de endorfina no cérebro dando a sensação de bem estar, bom humor e
euforia.
Bom, podemos
ver o quão benéfico é o cacau. E não para por aí!
O
Departamento de Ciência do Alimento e Biotecnologia, da Universidade de Chung
Hsing, em Taiwan divulgou que os ácidos fenólicos presentes no cacau, além da
função antioxidante que eles apresentam, prevenindo o envelhecimento precoce de
nossas células e prevenindo o acúmulo de gordura nas mesmas, interferem também
na produção da leptina, hormônio da saciedade, e contribui na queima calórica.
Outro dado
apontado na pesquisa, publicada no Journal of Agriculture and Food Chemistry,
atribui ao cacau o poder inibir um mecanismo que faz o organismo estocar ou
produzir mais gordura.
Mas ATENÇÃO!
Agora que já sabemos dos benefícios do cacau, NÃO SAIA DESESPERADAMENTE
CONSUMINDO CHOCOLATES!!!
Todos estes benefícios são provenientes do cacau!
Sendo assim, quanto maior o teor de cacau no chocolate, melhor os benefícios.
Entende-se assim, quanto mais amargo o chocolate, melhor!
Os
chocolates ao leite, normalmente encontrados nos mercados brasileiros, são
aqueles com maior teor de açúcar e gordura hidrogenada, e assim, menores teores
de cacau, contendo em média 25 % de cacau em sua formulação. Este tipo de
chocolate não só pode como deve ser evitado em prol da saúde e, principalmente, quando o objetivo é a perda de peso.
Os
chocolates meio amargos, com teor de cacau médio de 50 %, e amargos com teor de
cacau acima de 60 %, são aqueles indicados quando não se resiste a um “docinho”
de sobremesa, mas não se quer prejudicar a dieta.
Referência