terça-feira, 30 de janeiro de 2018

DIETAS E SUCOS DETOX




   A dieta detox é composta por vários tipos de preparações, sucos, chás e coquetéis, e objetiva eliminar toxinas e reduzir a produção de radicais livres, que são prejudiciais às células do organismo. Em geral, os alimentos usados nessa dieta possuem baixo valor calórico, o que pode auxiliar na perda de peso.
   Porém, assim como outras dietas da moda, não pode ser seguida por um longo período de tempo, pois exige grande restrição alimentar, trazendo prejuízos para a saúde. Apesar da disseminação dessa dieta na população, poucas informações científicas são encontradas a respeito da dieta detox.
   Pesquisas em bases científicas demonstram que o termo detox está relacionado principalmente com a desintoxicação de drogas e álcool. Poucas publicações são relacionadas à alimentação, as quais envolvem estudos experimentais ou pequenos ensaios clínicos. 
   Os estudos científicos sobre dieta detox não foram realizados com alimentos, mas sim com suplementos industrializados visando à desintoxicação de substâncias químicas, apresentando ainda metodologia imprecisa e resultados controversos.
   A utilização dessa dieta ocorreu em situações de intoxicação por metais pesados como alumínio, chumbo, cádmio, entre outros. Estudos mostram que há evidências de que o coentro, uvas e vinho, maçãs, amoras e a casca e polpa de frutas cítricas, exibem propriedades quelantes naturais, sugerindo que estes alimentos podem ser úteis para a eliminação de metais tóxicos do organismo.
  Verifica-se, portanto, que o seu uso pode ser indicado apenas por especialistas em situações específicas de intoxicação por metais pesados.
   Sobre as dietas detox comerciais, essas podem trazer prejuízos para saúde, por apresentarem geralmente muito baixa caloria e serem pobres em proteína; além de efeitos adversos relatados pelos usuários dos produtos, como insônia, náusea e cefaleia. Quando relacionadas ao uso de laxativos e enemas, podem levar a complicações como perfuração intestinal, distúrbios de eletrólitos, desidratação e, consequentemente, riscos de arritmias, convulsões, comas e óbito.
  Sabe-se que nosso corpo é exposto a toxinas. Sistemas de defesas naturais do corpo humano, responsáveis pela eliminação dessas substâncias tóxicas do organismo, podem ser modulados por nutrientes e compostos bioativos dos alimentos. Entretanto, ainda não é conhecido o efeito de alimentos com propriedades detox em estudos científicos. 
   Os grandes benefícios obtidos pela dieta detox fundamentam-se na presença de alimentos in natura, como frutas e hortaliças, e aqueles minimamente processados. Sabe-se que esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais, fibras e substâncias antioxidantes que, por conseguinte, possuem efeito positivo no combate aos radicais livres, além de apresentarem baixa densidade energética. Por isso, uma alimentação com grande variedade desses alimentos, não necessariamente vinculados à dieta
detox, auxilia no controle do peso e na manutenção da saúde.


Referência

GAIOLLA, P. S. A. A ciência e as dietas detox. Informativo Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Disponível em: <http://www.sban.org.br/por_dentro/informativos/186/a-ciencia-e-as-dietas-detox>. Acesso em: 25 ago. 2015.

HODGES, R. E.; MINICH, D. M.. Modulation of Metabolic Detoxification Pathways Using Foods and Food-Derived Components: A Scientific Review with Clinical Application. Journal of Nutrition Metabolism, v. 2015, p. 1-23, 2015.

KLEIN, A.V.; KIAT, H. Detox diets for toxin elimination and weight management:a critical review of the evidence. Journal of Human Nutrition Dietetics, v. 28,n.6, p.675-686, 2015.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Spirulina

A spirulina emagrece porque ela promove a saciedade, diminuindo a fome e a vontade de comer doces, e  além disso ela ajuda na recuperação dos músculos após a prática de exercícios físicos.


Spirulina é uma descendente imortal das primeiras formas de vida do planeta. É uma cianobactéria ou também chamada de “alga-azul” que possui características muito similares as primeiras formas de vida que habitaram o nosso planeta há 3,5 bilhões de anos.
Spirulina está presente na alimentação humana a mais de dois mil anos com diversos relatos de consumo por povos asiáticos, índios, incas, na África e na Europa, o que chamou a atenção dos mais conceituados centros de pesquisa do mundo, como a NASA que desenvolveu estudos para caracterizar e compreender os seus benefícios
O que eles descobriram?
Spirulina é um superalimento (ou superfood), isso porque o seu perfil de nutrientes e fitonutrientes incomuns são mais potentes do que qualquer outro alimento, planta, grão ou erva. Incrível não?
Esse alimento apresenta grande diversidade e quantidade de nutrientes que seu corpo necessita diariamente, sendo uma fonte natural de proteína de fácil absorção, aminoácidos, minerais, vitaminas, óleos essenciais e antioxidantes. Spirulina é um forte aliado para quem está em busca de uma alimentação completa e saudável.
Spirulina é ainda mais especial, pois possui alta digestibilidade no organismo humano. Na prática, o seu corpo tem a capacidade de absorver até 95% dos nutrientes disponíveis.

Então a Spirulina, para que serve?

NUTRIÇÃO COMPLETA !

Riqueza nutricional! Sem dúvidas a característica mais atrativa da Spirulina é a sua diversidade de nutrientes na composição. Spirulina possui mais de 50 nutrientes!
Toda essa riqueza é muito bem aproveitada pelo seu corpo, isso porque cada grupo de nutrientes atua especificamente para manter o bom funcionamento dos seus órgãos, principalmente o sistema nervoso que comanda todo o seu metabolismo e regula as suas funções corporais.

Fonte: 
https://my.oceandrop.com.br/spirulina-para-que-serve/
file:///C:/Users/User.User-PC/Downloads/7-40-1-PB.pdf

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Dieta sem Glúten e Lactose



   As dietas sem glúten e sem lactose são recomendadas para pessoas que apresentam doença celíaca e intolerância a lactose, respectivamente.
   A pessoa com doença celíaca apresenta intolerância permanente ou alergia ao glúten, uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio e cevada e seus subprodutos. Ademais, a aveia, embora inicialmente não apresente a proteína do glúten em sua constituição, é normalmente cultivada no mesmo terreno que esses grãos, em um processo chamado de rotação e, por isso, frequentemente, pode apresentar traços de glúten.
   O tratamento da doença baseia-se em uma alimentação isenta desta proteína por toda a vida. Para estas pessoas, o consumo do glúten provoca inflamação no intestino, além de outros efeitos colaterais, podendo impedir a absorção de nutrientes.
   Já a intolerância à lactose é caracterizada pela deficiência na produção da enzima lactase, necessária para a digestão da lactose, açúcar contido em leite e derivados. Na deficiência dessa enzima, a lactose passa a ser fermentada no intestino, causando sintomas indesejáveis, como diarreia e distensão abdominal. Existem vários graus de intolerância à lactose, por isso, alguns indivíduos, mesmo com a intolerância, conseguem ingerir pequenas quantidades de leite ou derivados, enquanto outros não toleram nem ao menos pequenas quantidades.
   Cada vez mais aflora a discussão sobre uma possível inflamação intestinal causada pelo glúten e pela lactose em pessoas que não apresentam a doença celíaca e não são intolerantes à lactose, respectivamente. Contudo, ainda não há pesquisas conclusivas que sustentem a recomendação de exclusão do glúten ou lactose da alimentação habitual para indivíduos saudáveis.
   Embora estudos iniciais sobre o glúten e a lactose sugerem que a sua retirada da alimentação podem favorecer a redução do peso corporal e do acúmulo de gordura, estes achados podem estar relacionados à redução da ingestão total de calorias e carboidratos na dieta, que, por si só, apresenta benefícios comprovados na redução de peso.
   Cabe destacar, ainda, que a maioria das pesquisas sobre os efeitos da dieta sem glúten e sem lactose é realizada em animais e apresenta resultados divergentes. Em pesquisa que avaliou o perfil nutricional de produtos vendidos em supermercados da Austrália, concluiu que aqueles que apresentam na embalagem a descrição de “sem glúten” apresentaram piores teores de nutrientes comparados com aqueles “com glúten”. 
   Os autores concluíram que é improvável que o consumo de produtos sem glúten, possa conferir benefícios para saúde, para aqueles que não têm intolerância ao glúten. 
   Contudo, mais pesquisas são necessárias para melhor esclarecer os mecanismos e comprovar se há reais efeitos de dietas sem lactose e glúten para indivíduos saudáveis. Quando se objetiva a redução do peso e a saúde, é preciso ter olhar ampliado. 
   Diversos fatores podem interferir na adoção de um “estilo de vida saudável” e no excesso de peso, desde a amamentação, a alimentação adequada e saudável, a prática de exercícios físicos, os ambientes obesogênicos, a publicidade de alimentos, entre outros.


Referências
BRASIL. Conselho Regional de Nutricionista. Parecer Técnico CRN-3 nº10/2015. Restrição ao Consumo de Glúten. Disponível em: <http://crn3.org.br/legislacao/pareceres-tecnico/>. Acesso em: 25 ago. 2015.

KAUKINEN, K.; COLLIN, P.; HUHTALA, H.; MÄKI, M. Long-term consumption of oats in adult celiac disease patients. Nutrients, v. 5, n. 11, p. 4380-4389,2013.

RICHMAN E. The safety of oats in the dietary treatment of coeliac disease. Proceeding of the Nutrition Society, v. 71, n. 4, p. 534-537, 2012.

SOARES, F. L. P. et al. Gluten-free diet reduces adiposity, inflammation and insulin resistance associated with the induction of PPAR-alpha and PPAR-gamma expression. The Journal of Nutrition Biochemistry, v. 24, n.6, p. 1105-1111, 2013.

SONE, M. G. et al. Effects of dietary lactose on long-termHigh-fat-diet-induced obesity in rats. Obesity, v. 15, n. 11, p. 2605-2613, 2007.

THE UNIVERSITY OF CHICAGO. Celiac Disease Center. Do oats contain gluten? 2015. Disponível em:<http://www.cureceliacdisease.org/archives/faq/do-oats-contain-gluten>. Acesso em: 25 ago. 2015.

WU, J. H. et al. Are gluten-free foods healthier than non-gluten-free foods?An evaluation of supermarket products in Australia. British Journal ofNutrition, v. 29, p. 1-7, 2015.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Dieta Alcalina



   A dieta alcalina é baseada no pH dos alimentos, porém ainda não há definição de sua composição. O que foi estudado até o momento é que sua composição apresenta maior quantidade de frutas e legumes, que, por sua vez, apresentam maior teor de potássio e magnésio, resultando em um pH urinário mais alcalino.
   A insuficiência de estudos dificulta a compreensão dos mecanismos de ação desta dieta. Entre os possíveis benefícios da dieta alcalina tem-se a melhoria na relação potássio/sódio, que pode trazer benefícios à saúde óssea e reduzir a perda de massa muscular. Entretanto, por não haver definição concreta da composição da dieta alcalina, bem como estudos que comprovem seus efeitos, a recomendação fundamenta-se no consumo de frutas e hortaliças.
  A industrialização da alimentação e a modernização da agricultura vem impactando significativamente a composição da dieta. A dieta passou a apresentar baixos teores de fibras, vitaminas e minerais, como magnésio e potássio, ao mesmo tempo em que aumentou o teor de gordura saturada, açúcares simples e sódio. Por isso, torna-se mais simples, claro e interessante o estímulo ao consumo de alimentos in natura em detrimento do uso de uma dieta ainda pouco explorada. Esse deve ser o enfoque das orientações nutricionais realizadas pelos profissionais de saúde.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. Brasília, 2014. 214 p.

FENTON, T. R. et al. Causal assessment of dietary acid load and bone disease: a systematic review & meta-analysis applying Hill’s epidemiologic criteria for causality. Nutrition Journal, v. 10, n. 41, p. 1-23, 2011.

GALLAGHER, M. L. Os nutrientes e seu metabolismo. In: MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. cap. 3, p. 39-143.

SCHWALFENBERG, G. K. The alkaline diet: Is there evidence that an alkaline pH diet benefits health? Journal of Environmental and Public Health, v.2012, p. 1-7, 2011.