A água representa de 40 a 70% da massa corporal do individuo, dependendo de idade, sexo e composição corporal; constitui de 65 a 75% do peso dos músculos e aproximadamente 50% do peso da gordura corporal, resultando grande parte de variação corporal entre os indivíduos (MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L., 2014, p. 83).
Sem água, a morte ocorre dentro
de poucos dias. Funciona como o meio onde ocorrem o transporte e as reações do
corpo; a difusão dos gases se processa sempre através de superfícies umedecidas
pela água. A água juntamente com várias proteínas, lubrifica as articulações e
protege uma ampla variedade de órgãos "móveis" como coração, pulmões,
intestinos e olhos. Por não ser compressível, a água proporciona estrutura ao
corpo, também possui enormes qualidades de estabilização de calor, facilitando
a manutenção de calor corporal relativamente constante durante o estresse
térmico ambiental e o grande aumento no calor interno gerado pelo exercício (MCARDLE,
William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L., 2014, p. 83).
Um adulto sedentário consome
normalmente 2,5 L de água por dia. Já para uma pessoa ativa e um ambiente
quente, a demanda de água aumenta com frequência para 5 e 10 L diários. Três
fontes proporcionam essa água: líquidos, alimentos e processos metabólicos(MCARDLE,
William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L., 2014, p. 83).
Em um estudo mais antigo
utilizaram o método mais difícil de análise tempo e movimento. Neste método,
observadores treinados acompanharam indivíduos e durante suas atividades em um
diário durante todo dia ou durante vários dias. O desenvolvimento da técnica
com água duplamente marcada permitiu estimar o gasto energético em condições
sem necessidades especiais e, consequentemente, também o NAF. (GIBNEY, Michael
J.; MACDONALD, Ian A.; ROCHE, Helen M.; 2006, p. 312).
A perda da água corporal
representa a consequência mais seria da transpiração profusa. A intensidade da
atividade física, a temperatura ambiente e a umidade determinam a quantidade de
perda de água através da transpiração (MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.;
KATCH, Victor L., 2014, p. 85).
O calor produzido na atividade
física eleva a temperatura corporal, o que aumenta a demanda dos mecanismos
termorreguladores para a transferência do calor do organismos para o ambiente,
especialmente quando realizadas em ambientes quentes e úmidos. A defesa contra
uma elevação de temperatura central torna-se particularmente importante durante
o exercício(Nabholz, Thais; 2007, p. 371).
A desidratação refere-se à perda
de líquido corpóreo na proporção de mais de 1% do peso corporal. Ela é mais
comum durante ao exercício no calor, mas pode ocorrer durante baixos níveis de
atividades físicas num ambiente muito quente ou durante exercício intenso num
ambiente termicamente neutro. A exaustão por calor é caracterizada por uma
temperatura corpórea normal ou levemente baixa, respiração pesada, pele fria e
pegajosa. Podem ocorrer cãibras musculares, vertigens, vômitos e desmaios. (Nabholz,
Thais; 2007, p. 379).
A sede é sinal que o organismo
recebe, indicando que o nível de água está ficando muito baixo, e ela motiva a
pessoa beber. Com a desidratação a água é perdida de todos os compartimentos do
organismo. Os músculos precisão de oxigênio para trabalhar, assim a performance
decai conforme o débito cardíaco é reduzido (Nabholz, Thais; 2007, p. 379).
As modificações fisiológicas
resultantes da desidratação, afetam o organismo reduzindo o fluxo sanguíneo
periférico e eleva concomitantemente a temperatura central (Nabholz, Thais;
2007, p. 381).